"Olha-me de novo. Com menos altivez. E mais atento"

domingo, 22 de julho de 2012

Emaranhado de ondas cerebrais


Olha onde estou agora, no meio do nada, escrevendo pra ninguém. Pera aí, nunca se escreve para ninguém. Tá, escrevendo pra mim mesma, esperando que meus sentimentos se projetem até uma folha virtual. Se eu pudesse tocar nos meus pensamentos, agora, com certeza tocaria numa maço de linhas, bem emaranhado. Eu só preciso alcançar a ponta e puxa, pra saber onde é o cume. Onde o nó é cego. Ou seja, onde a situação é bem crítica.

“Crítica”

Tocar nesta palavra me fez perceber o quanto costumo ser crítica comigo mesma. Jamais me dei mal por isso. Pelo contrário, sou multipotente e quem me conhece, pode confirmar isso. Minhas autocríticas que me ajudaram a ser assim.
Eu puxo mais a linha e percebo que é assim que jogo no meu dia a dia. Meço minhas atitudes julgando os resultados minuciosamente. Tá, não é com tudo. Senão, eu seria um caso de estudo. Mas não possuo a personalidade impulsiva, o que significa dizer que procuro ser bastante racional (quando dá).

“E pra que todo esse blá-blá-blá?”

To aqui, sofrendo por não ter explodido. Tudo o que eu queria era que meu egoísmo se manifestasse de forma camuflada. Dando braço, bastante braço até ele perceber que não vive sem mim. Tristeza. Falhou.

“Ele?”

Não sou experiente pelos meus relacionamentos. Sou experiente pelos relacionamentos dos outros. Não quero impor nada a ninguém. Quer dizer... Não queria. Agora eu quero muito. Não quero mais gastar noites em claro imaginando que posso não ser suficiente a uma pessoa. Que chato! Que se exploda minha mente insana. Eu cansei desse nó. Eu sinto vontade de quebrar a linha e de lá fazer um remendo. Mas não posso. Toda vez que olhar para o remendo, vou saber que vacilei e não fui capaz de desmanchar o nó!

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