"Olha-me de novo. Com menos altivez. E mais atento"

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fofoquinha, Blog,

            Eu sei! Já vi a hora! Deveria estar dormindo, se pretendo caminhar cedo. Mas o que eu posso fazer se a vontade de escrever não me deixa dormir?
            Mas o que realmente me traz aqui é a minha vontade de falar sobre minhas experiências de beijo. Isso mesmo. Quis compartilhar contigo minha tragicomédia-romântica história sobre beijo (Rs.).
           Lá nos primórdios da civilização... Brincadeirinha. Tá, mas o fato ocorreu no século passado ainda, quando eu nem saci sabia que escrever seria uma paixão.
           Lá estou eu, beirando os nove anos de idade (inacreditavelmente, não me recordo da data), em um quarto com um menino, que eu considerava um primo (pode zoar, blog, sei bem o que estás pensando!), num horório horário em que eu deveria estar na cama. Desleixo de adulto, deixar duas crianças à sóis, assistindo uma fita cassete (lembra disso?) de culinária, altas horas da madrugada. Já sabe onde isso iria dar... Em brincadeiras sem sentido. Mas a idéia de brincar de professor partiu dele e, adivinha... Ele quis me ensinar a beijar.
           Ok, ok... Eu não era tão inocente assim. Sabia que este fato me faria incrível, no outro dia, para os meus amigos de sala, mais chegados. Só que, apesar de eu ter imitado várias cenas de beijos na minha mão e nos joelhos (estou ficando constrangida, mas já comecei) e ter dado umas bitoquinhas em amiguinhos de colégio (bitocas inocentes), eu era inexperiente e isso me deixava com muito medo. Do meu desempenho eu não me lembro... Não sei se ele se lembra, nem quero saber... Deve ter sido horrível. Entretanto, do gosto eu lembro. Não, não é uma crítica, é uma lembrança fatídica (nem tanto assim), mas tinha gosto de alpiste (comida de passarinho). Engraçadinho... Não, eu nunca provei alpiste, mas pelo cheiro, conseguimos supor alguns sabores (o nome disso é sinestesia). Ademais, beijei-o muito ainda, até que o próximo viesse. Creio que eu tenha evoluido, significativamente até os meus dez anos, numas férias ao Marajó, onde descobriria que beijar era um exercício agradável (Rs.).
          Mas eu não vou fazer uma lista aqui, para evitar falácias a meu respeito. Só o que posso dizer é que numa busca empírica de aperfeiçoamento, conheci cada espécie de lábios: carnudos ou finos; devoradores ou tímidos; afoitos ou precisos. Alguns deles nem lembro mais a emoção causada, de outros, jamais esquecerei. Uns eu prefiro esquecer e outro, eu prefiro ter por muito tempo ainda.
         Eu li sobre a importância do beijos, ontem pela manhã, por isso essa vontade de escrever a respeito. Essa insônia boba. Então... Sei que faltou um happy end, mas eu já perdi meu foco, só me resta deixar assim mesmo (você gostando ou não!).
          Por aqui te deixo um pedacinho de mim... Boa madrugada! Espero dormir, agora!
"Insoniamente",
Renée Santa Brígida.