"Olha-me de novo. Com menos altivez. E mais atento"

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

...quase isso...

            Rabiscos... Manchas de tinta nas minhas mãos. Aliás, eu jamais consegui tocar numa caneta sem p me sujar... Eu risco, risco e risco. Não chego onde esperava: no esboço de mim mesmo mesma, ali, toda palavra. Não há paralavra palavra que dev defina minha aflição ou meus comportamentos aéreos. Escrevo e apago numa mesma proporção. Já aparecem quase-furos no papel e marcas que causei pela fúria súbita de quase-sempre-erro.
             Frustei-me no primeiro parágrafo. Era preciso bem mais que vontade de escrever. Pensei em mim quase-fotografia. Estática num funo fundo branco, quase-céu, se não lhe (me) faltasse a sensação de paz. Meu 'eu' quase-foto transformou-se em nada-foto. A lágrima que escorria de meu, afobado, olho direito criou várias cenas... As quase-cenas em que me vi amargurada. Mas esta não era eu. Pelo menos não 'eu' de todo dia. Onde estava meu 'eu' de tofo todo dia? Se não era foto, se não era cena, o que era então esta minha percepção de quase-mundo?
             Fugi para o espelho e vi que muitas coisas haviam mudado em mim. Algo se acentuava em meu rosto, mais precisamente embaixo dos meu olhos, meu 'eu' exausto eu encontrei. Encontrei também marcas que repes representavam o quanto eu sorri. O quanto tentei impedir que secreções nasais me fizessem passar vergonha. Minha catapora. Onde está o que procuro? A essência que ainda não vi...
             As cartas que ganhei me diziam sempre coisas boas... Queria saber a verdade não-camuflada nos olhos de quem já me amou ou ainda me ama. Estou passando desta 'eu' quase-boa.
             Talvez a verdade esteja aí... No quase. Quando não sou isso, nem aquilo. Quando sou nem isso, nem aquilo. Quando sou quase esta, quase essa, quase aquela!